Vai pra casa!


Volta pra casa e conta aos teus o que Deus fez por ti...” Lc. 8. 39

Um moço vive uma vida tão miserável! Ele mora em sepulcros, as pessoas vivem tentando aprisiona-lo, amarrando-o em correntes e colocando-o em cadeias. Sua vida é um tormento, um sofrimento terrível.

Essa é a história daquele que chamamos de “endemoninhado geraseno”. Sua história nos entristece. Mas a maioria de nós, não consideramos em quem talvez sofra ainda mais nesta história: sua família! Em casa, certamente havia uma mãe, um pai, filhos, uma esposa, enfim, pessoas que amavam esse moço e que sofriam junto. Gente que talvez apanhasse quando o moço chegava atormentado. Gente que ficava em casa angustiado por não saber se esse moço voltaria para casa. Gente que deitava na cama e ficava a imaginar mais uma noite daquele moço no sepulcro.

A maioria de nós não visualizamos essa gente, mas alguém pensou neles: Jesus. Após um processo lindo de transformação que só Jesus pode operar na vida de um ser humano, Jesus dá uma ordem clara: Volta pra casa e conta aos teus o que Deus fez por ti. O moço estava tão empolgado que queria ir com Jesus. Mas o mestre sabia que havia um povo que precisava ser curado também, que precisava descansar de tanta dor, de tanta preocupação, de tanta angustia.

A você que tem familiares vivendo situações terríveis e, que por isso sofre junto, o estímulo de uma história que nos mostra que Jesus sabe, conhece e se preocupa com você, descanse, logo logo alguém vai entrar em sua casa “vestido e em perfeito juízo”.

Aos demais, volte para casa. Lá é o lugar mais propício para mostrarmos o que Deus tem feito por nós. Lá, onde não existem máscaras, onde somos quem realmente somos, é o lugar de vivenciarmos a nova vida em Cristo. Volte hoje e conte o que Deus tem feito...

Eu tenho um endereço


“O Senhor é também alto refúgio para o oprimido, refúgio nas horas de tribulação.” Sl. 9. 9

Você já passou por um susto que durou segundos, mas que para explicar todas as sensações que você tece, tudo que você viu demorou horas? Eu já. Uma vez, entrei em uma curva muito fechada acima da velocidade que me seria segura. O carro rodou e tombou, não chegou a capotar, apenas tombou para o lado esquerdo, me fazendo quase encostar o rosto no chão e depois voltou e parou na posição correta. Que livramento! Não sofri nenhum arranhão e nem o carro! Foram apenas alguns segundos, mas posso ficar bastante tempo descrevendo tudo que senti, tudo que vi. Parece que uma super câmera lenta foi ligada naquele momento, pois em segundos, vi coisas com riquezas de detalhes.

Quando estamos em um tempo de angustia, segundos parecem horas, horas parecem dias, dias anos, anos, uma eternidade... O apóstolo Paulo faz uma declaração que as vezes nos deixa até aborrecidos: pois os nossos sofrimentos leves e momentâneos estão produzindo para nós uma glória eterna que pesa mais do que todos eles. 2 Co. 4:17. “Leve e momentâneo pra ele, por que ele não está no meu lugar...” responderiam alguns. Para quem está vivendo do dia da adversidade, aqueles momentos parecem tão longos, que nunca os chamaríamos de momentâneos. Mas Paulo está usando como base de cálculo a eternidade, em relação a uma eternidade, nossos problemas são momentâneos, assim como em relação ao peso de glória produzido, eles são leves.

Mas ainda sim dói não é verdade? Mas aí temos um endereço para procurar: o refúgio de Deus! Em dias difíceis, em dias de dor, lá está o Senhor como alto refúgio nos momentos de tribulação. Vá até a presença Dele hoje, conte com riqueza de detalhes suas dores, fale tudo que você está vendo, rasgue o coração! A presença Dele virá sobre você trazendo alento, direção e vitória. Deixar de passar momentos difíceis é impossível, mas viver em sofrimento, sem esperança, sem perspectiva de vitória é opcional. Deem-me licença, estou indo para o meu refúgio...

Ter e ser...


“Seja você uma bênção. ” Gn. 12.2b

Se você conseguisse fazer um gráfico de como são dividas suas orações, qual a porcentagem gastaria pedindo coisas? Me atrevo a dizer que a maioria de nós ocuparia bem mais de 50% de nosso tempo de oração com uma lista de bênçãos a receber...

Temos muitas necessidades é verdade. E que bom que cremos que será em Deus que as veremos supridas, pois Ele é nossa fonte. Não há realmente nenhum problema em ir a Ele em oração para pedir. A Bíblia nos ensina a fazer isso. São muito os exemplos e citações de pessoas que foram desafiadas, estimuladas a pedirem incessantemente.

Mas, quando Deus fala com Abraão, lhe fazendo promessas tremendas, Ele lhe dá uma direção: Seja você uma bênção! Pedir bênçãos é bom, mas ser bênção é o alvo... Você aprende na Bíblia também sobre a lei da semeadura, ou seja, aquilo que eu planto eu colho. Então, ser uma bênção é também uma bela semeadura, que nos trará muitas bênçãos.

Quem é bênção tem livre acesso a qualquer lugar, a qualquer pessoa. Quem é bênção atrai outros. Quem é bênção cativa, frutifica, prospera, conquista. Avalie sua vida agora e responda para você mesmo: Você é uma bênção?

Sei que a porcentagem de nossas orações continuarão bastante preenchidas por nossas petições, mas antes de pedir alguma bênção, peça a Deus para que você seja uma bênção, paute suas atitudes pela Palavra de Deus, não olhe só para si, mas estenda a mão a seus irmãos e... seja você uma bênção!

Edificando para quem?


“Disseram mais: Eia, edifiquemos para nós uma cidade e uma torre cujo cume toque no céu, e façamo-nos um nome, para que não sejamos espalhados sobre a face de toda a terra.” Gn. 11:4

Existem algumas coisas que não certas ou erradas em si mesmas, mas o que define a assertividade delas é a intenção do coração. Construir, edificar uma cidade, não poderia nunca ser considerado algo ruim, desde que a intenção não fosse tão altiva como a do povo de Babel.

Edifiquemos para nós... Tornemos nossos nomes célebres e conhecidos... A motivação torpe faz abençoados projetos tornarem-se maldição. O resultado é Babel, que significa confusão. A vida de muita gente pode ser resumida em uma grande Babel. Confusão, contenda, brigas. E a origem? Uma vida pautada por ganância, ciúmes, inveja, altivez, arrogância, etc.

Consegue fazer um raio X de suas motivações hoje? Não se prenda ao “que” você está fazendo, mas pergunte-se sobre o “porquê” está fazendo. Talvez você vai chegar à conclusão de ajudou pessoas para ter benefícios em troca, de que fez um sacrifício para obter vantagens e por aí vai. Até coisas espirituais. Conhece gente que é fiel dizimista e ofertante não por entender que são expressões de adoração, mas tão somente para “obrigarem” Deus a lhes prosperar? Conhece gente que vai a cultos não para adorar, mas para “bater um cartão” que lhe assegure bênçãos? Pois então, coisas certas com motivações erradas!

Que nesse tempo, façamos sim as coisas certas, mas que nosso coração seja movido pelas motivações nobres quem vem do coração do Senhor. Lembrando a oração de Davi: Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu coração; prova-me, e conhece as minhas inquietações. Vê se em minha conduta há algo que te ofende, e dirige-me pelo caminho eterno.” (Sl. 139:23,24). Que seja esse nosso clamor!