A Igreja Evangélica Luterana do  Brasil (IELB) está estabelecida num país onde há liberdade de viver, se  expressar e agir conforme a decisão ou vontade de cada um.  Assim, a  opção sexual faz parte dessa liberdade. Por outro lado, a IELB também  entende que a liberdade de discordar e não aceitar em seu meio uma união  homossexual, por esta ferir os princípios da Bíblia Sagrada,  faz parte  da sua liberdade e não lhe pode ser cerceada, pois fere a Constituição  Nacional. A Constituição Brasileira, no seu Artigo V, incisos IV, VI,  VIII e IX, diz: 
IV – é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato;
VI – é inviolável a liberdade de  consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos  religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e  a suas liturgias;
VIII – ninguém será privado de direitos  por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política,  salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e  recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei;
IX – é livre a expressão da atividade  intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente  de censura ou licença;
Assim, precisamos diferenciar  homossexualismo de homofobia. A Igreja Luterana não concorda com a  conduta homossexual, mas não discrimina o ser humano homossexual.
Por isso declaramos:
1 –   A IGREJA EVANGÉLICA LUTERANA DO  BRASIL crê e confessa que a sexualidade é um dom de Deus, destinado por  Deus para ser vivido entre um homem e uma mulher dentro do casamento.
2 -   A IELB crê e confessa que o homossexual é amado por Deus como são amadas por Deus todas as suas criaturas.
3 -   Em amando todas as pessoas e também o homossexual, Deus não anula o propósito da sua criação.
4 -   Por esta razão, a igreja, em  acordo com a Sagrada Escritura, denuncia na homossexualidade um desvio  do propósito criador de Deus, fruto da corrupção humana que degrada a  pessoa e transgride a vontade de Deus expressa na Bíblia. “Com homem não  te deitarás, como se fosse mulher: é abominação. Nem te deitarás com  animal, para te contaminares com ele, nem a mulher se porá perante um  animal, para ajuntar-se com ele: é confusão. Portanto guardareis a  obrigação que tendes para comigo, não praticando nenhum dos costumes  abomináveis que praticaram antes de vós, e não vos contamineis com eles:  Eu sou o Senhor vosso Deus” (Levítico 18.22,23,30); “Por isso Deus  entregou tais homens à imundícia, pelas concupiscências de seus próprios  corações, para desonrarem os seus corpos entre si; semelhantemente, os  homens também, deixando o contato natural da mulher, se inflamaram  mutuamente em sua sensualidade, cometendo torpeza, homens com homens, e  recebendo em si mesmos a merecida punição do seu erro” Romanos 1.24,27);  “Ou não sabeis que os injustos não herdarão o reino de Deus? Não vos  enganeis: nem impuros, nem idólatras, nem adúlteros, nem efeminados, nem  sodomitas, nem ladrões, nem avarentos, nem bêbados, nem maldizentes,  nem roubadores herdarão o reino de Deus” (1 Coríntios 6.9-10).
5 -   Porque a homossexualidade  transgride a vontade de Deus e porque Deus enviou a igreja a levar  Cristo Para Todos, a igreja se compromete a encaminhar o homossexual  dentro do que preceitua o amor cristão e na sua competência de igreja,  visando a que as pessoas vivam vida feliz e agradável a Deus; Mateus  19.5: “... Por esta causa deixará o homem pai e mãe, e se unirá a sua  mulher, tornando-se os dois uma só carne.”
6 -   A IELB, repudiando qualquer  forma de discriminação, deve estar ao lado também das pessoas de  comportamento homossexual, para lhes dar o apoio necessário e possam vir  a ter a força para viver vida agradável a Deus. 
7 -   Diante disto repudiamos a  ideia de se conceder à união entre homossexuais o caráter de matrimônio  legítimo porque contraria a vontade expressa de Deus e dificulta, se não  impossibilita, a oportunidade de tais pessoas revisarem suas opções e  comportamento.
8 -   Repudiamos também, por  consequência, a hipótese de ser dado a um casal homossexual a adoção e  guarda de crianças como filhos porque entre outros prejuízos de  formação, formará na criança uma visão distorcida da sua própria  natureza.
Fiéis ao nosso lema CRISTO PARA  TODOS ensinamos que a igreja renova também o seu compromisso de receber  pessoas homossexuais no amor de Cristo visando que a fé em Jesus as  transforme para a nova vida da qual Deus se agrada.
Em nome da Igreja Evangélica Luterana do Brasil
Rev. Egon Kopereck 
Presidente IELB

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