Série conhecendo o Pai Nosso - Perdoa as nossas dívidas, assim como nós perdoamos os nossos devedores...(7)



Essa é sem dúvida a expressão mais fácil para meditarmos, porém uma das mais difíceis de pormos em prática. Quando falamos em dívidas devemos buscar a compreensão disso nos costumes, nas crenças e na tradição do povo judeu. Ligado à questão das dívidas, um dos pontos da lei que permanecia na esperança do povo judeu era o “Ano do Jubileu”, um ano em que ao toque das trombetas os escravos por dívidas seriam libertados, as terras resgatadas ou compradas voltariam aos seus donos originais. Era o ano do perdão das dívidas. Essa lei encontra-se em Levítico 25.8-55. Apenas não há, no Antigo Testamento, o menor indício que essa lei tenha alguma vez sido cumprida.

Deste modo, a lei passou possivelmente a fazer parte das esperanças do povo no “Dia do Senhor”. O Dia do Senhor seria um dia de justiça e perdão. O Dia do Senhor de certo modo, agrupa o Conceito do “Ano do Jubileu”.

A partir daí, caímos no compromisso exigido por esta oração novamente. O pedido é claro: “perdoa como perdoamos”. Deixemos o próprio Jesus explicar essa expressão: “Se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celeste vos perdoará; se, porém, não perdoardes aos homens as suas ofensas, tampouco vosso Pai vos perdoará as vossas ofensas.” (Mt. 6.14-15) Mais claro impossível. Orar o Pai Nosso é uma atividade perigosa!

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