Primeiramente consideremos algumas questões sobre a importância do nome para a cultura judaica. Nesta cultura, o nome corresponde ao ser. A criação não se completou enquanto nomes não foram atribuídos às coisas criadas. Nome expressa o interior, a essência da personalidade, Jacó é assim chamado por ser enganador (Gn. 27.36); Nabal por ser louco (1 Sm 25.25);
Pedro, por ser rocha (Jo. 1.42); Jesus, por ser salvador (Mt. 1.21). Dessa forma, Deus tem vários nomes na Bíblia que expressam sua essência. Martyn Loyd-Jones diz que, declarando Deus o seu nome, “estava transmitindo aos homens um certo senso de seu poder, de seu domínio”.
Pedro, por ser rocha (Jo. 1.42); Jesus, por ser salvador (Mt. 1.21). Dessa forma, Deus tem vários nomes na Bíblia que expressam sua essência. Martyn Loyd-Jones diz que, declarando Deus o seu nome, “estava transmitindo aos homens um certo senso de seu poder, de seu domínio”.
Qual é o seu nome?
Deus é chamado de Elyon, isto é: Altíssimo (Sl 7.17; 9.2, etc); é chamado El-Shaddai, isto é, Todo-Poderoso (Gn. 49.25; Nm 24.4 etc); é chamado El-Olam, isto é, Deus Eterno; é chamado El Roi, isto é, Deus que vê (Gn. 16.13); é chamado El, no singular, ou Eloim, no plural de majestade, isto é, Deus; A si mesmo se identificou no seu relacionamento com o povo de Israel, como Sou o que Sou (Êx. 3.14). O tetragrama corresponde Javeh era impronunciado por respeito, sendo combinadas as consoantes com as vogais da palavra Adonai, Senhor, resultando na palavra Jeová, bem conhecida.
Houve outros nomes mediante os quais Deus descreveu a si mesmo, a saber: Yahweh-jireh (o Senhor proverá); Yahweh-rapha (o Senhor cura); Yahweh-nissi (O Senhor é nosso pendão); Yahweh-shalon (o Senhor é nossa paz); Yahweh-ra-ah (O Senhor é nosso pastor); Yahweh-tsidkenu (O Senhor é a nossa justiça); e ainda Yahweh-shammah (o Senhor está presente).
Como já fora dito, o Pai Nosso não é uma oração de petição em favor da ação de Deus na vida dos cristãos, mas sim é uma oração de compromisso de vida dos cristãos com a vontade de Deus. Com isso é possível ter uma nova luz sobre esta petição que apresenta, aparentemente, uma heresia: pedir que o nome de Deus seja santificado, ou seja, tornado santo, parece uma negação da profissão de fé que reconhece Deus como “Santo, Santo, Santo”. Por isso o nosso caminho de reflexão desta petição é o do compromisso. Portanto devemos destacar:
1. A santidade de Deus não é um estado espiritual das coisas somente, mas é fundamentalmente o reconhecimento e a vivência da Sua vontade em todos os segmentos da vida. Ou seja, a santidade de Deus é a vitória do seu Reino, o Reino da vida, sobre todas as forças que produzem a morte.
2. A petição está no passivo – santificado seja, ou então, seja tornado santo... – assim, não cabe a Deus o ato de santificar o Seu nome mas sim cabe a cada cristão que recita esta oração.
Santificar o nome de Deus é o compromisso de todos os cristãos de, em meio aos sinais que contradizem a santidade de Deus – os sinais de morte (violência, opressão, vícios, prostituição, destruição da família, miséria, analfabetismo...) – proclamar, viver e fazer aparecer os sinais de vida que atestam na prática cotidiana que Deus é Santo e Senhor.
Esta expressão está intimamente ligada ao mandamento “Não tomarás o nome do Senhor, teu Deus, em vão, porque o Senhor não terá por inocente o que tomar o seu nome em vão.” (Ex. 20.7). Nossas atitudes podem, infelizmente, amesquinhar o nome de Deus. Agir em nome de alguém é participar de sua responsabilidade. Davi enfrenta o gigante em nome do Senhor dos exércitos, Jesus é recebido em Jerusalém, na entrada triunfal com os gritos de Hosana ao Filho de Davi! Bendito o que vem em nome do Senhor. A igreja age em nome de Deus, por isso pode, com suas atitudes, santificá-lo ou “diminuí-lo”.
Assim, esta petição é ao mesmo tempo um compromisso e uma esperança. Compromisso enquanto todos que a recitam assumem o seu lugar na transformação do mundo em que vivemos, em um lugar onde os sinais de morte serão vencidos e erradicados. Uma esperança enquanto proclamamos que a partir daí veremos o Reino de Deus se manifestando em nosso meio e anunciando um novo mundo – o mundo da Vida, o Reino da Vida, o Reino de Deus.
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Continue acompanhando essa série de estudos e mande suas contribuições.
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Deus te abençoe,
Rev. Giovani Zainotte
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