O menino e o Cordeiro

O infante Jesus foi presenteado pelos magos do Oriente: "E, tendo nascido Jesus em Belém de Judéia, no tempo do rei Herodes, eis que uns magos vieram do oriente a Jerusalém, e entrando na casa, acharam o menino com Maria sua mãe e, prostrando-se, o adoraram; e abrindo os seus tesouros, ofertaram-lhe dádivas: ouro, incenso e mirra" (Mateus 2.1,11<!/b>). O Cordeiro que foi morto recebe adoração da população do céu: "Digno és de tomar o livro, e de abrir os seus selos; porque foste morto, e com o teu sangue compraste para Deus homens de toda a tribo, e língua, e povo, e nação; e para o nosso Deus os fizeste reis e sacerdotes; e eles reinarão sobre a terra... Digno é o Cordeiro, que foi morto, de receber o poder, e riquezas, e sabedoria, e força, e honra, e glória, e ações de graças" (Apocalipse 5.9,10,12<!/b>).

O menino e o Cordeiro, não apenas recebem adoração, como também, e principalmente, são adoradores. As crianças adoram com perfeição: "Vendo, então, os principais dos sacerdotes e os escribas as maravilhas que fazia, e os meninos clamando no templo: Hosana ao Filho de Davi, indignaram-se,e disseram-lhe: Ouves o que estes dizem? E Jesus lhes disse: Sim; nunca lestes: Pela boca dos meninos e das criancinhas de peito tiraste o perfeito louvor?" (Mateus 21.15,16<!/b>). O Cordeiro que foi morto venceu a morte com sua ressurreição, mas ele mesmo não retém a glória para si: "Para que ao nome de Jesus se dobre todo o joelho dos que estão nos céus, e na terra, e debaixo da terra, e toda a língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para glória de Deus Pai" (Filipenses 2.10,11).

Enquanto recebem a adoração no Natal, o menino e o Cordeiro ensinam como Deus, o Pai, quer e deve ser adorado. Num mundo de truculência e violência, que preconiza e celebra a sobrevivência dos mais fortes e mais aptos, o que justifica a força bruta dos poderosos que se impõem sobre os fracos e desvalidos, Deus se ergue como aquele que alcança sua vitória através da pureza frágil do menino e da vulnerabilidade sacrificial do Cordeiro. O que permanece para sempre não é força do braço, mas a força do louvor ao único que é digno. A sustentabilidade do mundo não depende das conquistas dos violentos, mas do favor daqueles que voluntariamente se entregam como dádivas da graça que a todos alcança, a todos inclui e a todos sustenta. A beleza da vida não está no vigor esmagador dos que se impõem em busca de sua autopreservação e bem estar egocêntrico, mas na singeleza dos que se sacrificam em favor de todos.

O Natal do menino e do Cordeiro profetiza que "Deus escolheu as coisas fracas deste mundo para confundir as fortes, pois a fraqueza de Deus é mais forte do que a força dos homens" (1 Coríntios 1.25,27<!/b>). O Natal anuncia que o futuro da humanidade não está nas mãos dos senhores da guerra, mas nas mãos de uma criança, "pois um menino nos nasceu, um filho se nos deu, e o principado está sobre os seus ombros, e se chamará o seu nome: Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz" (Isaías 9.6<!/b>), e o seu reino jamais terá fim.

Ed René Kivitz - extraído do site irmãos.com

Ser humano

"Lembra-te que és pó, e ao pó voltarás" Gn. 3.19

Você já sentiu pequeno? Você já olhou para as situações a sua volta e viu que nada podia fazer para mudar a situação? Creio que todos nós já vivemos situações assim inúmeras vezes.

Isto porque, na verdade, essa é a nossa realidade. Nós não temos força suficiente para resolvermos as crises de nossa vida. Pense neste instante em quantas coisas você está vivendo agora, e queria que fossem diferentes. Algumas é verdade que poderiam mudar se você tomasse algumas atitudes, não podemos negar que muitas coisas ficam “na mesma” por culpa de nossa inércia, mas existem muitas outras que nós não temos absolutamente nada a fazer para mudar o quadro.

Olhemos para a Bíblia. Diga por exemplo, o que Moisés podia fazer diante da escravidão de seu povo no Egito? Um homem, frente ao império mais forte da época. Diga o que poderia fazer Naamã diante da lepra que assolava seu corpo? Toda a sua autoridade, seus recursos não eram capazes de combater uma enfermidade que naquela época não tinha cura. Diga o que podia fazer o franzino Davi, diante do imponente Golias? Uma funda e algumas pedrinhas não são nada diante de um gigante e toda a sua potente armadura. Pense ainda o que podiam fazer os discípulos diante da terrível tempestade que os cercou. Hoje, navegações ainda sucumbem em meio a terríveis tempestades, imagine a situação daqueles homens naquela precária embarcação.

A Bíblia está cheia de situações assim. Homens e mulheres que em algum momento de suas vidas, descobriram que nada podiam fazer para mudarem o quadro que viviam. A vida é especialista em nos mostrar essas coisas. De vez em quando ela nos traz situações que nos mostram que nossa força, nosso dinheiro, nossa posição social, status, conhecimentos ou qualquer outra coisa são irrisórias para a resolução de crises.

O dinheiro, a fama, o talento de Michael Jackson não foram capazes de livrá-lo dos fantasmas do passado e das limitações do presente. O mesmo aconteceu com Cazuza e tantos outros astros.

O que fazer? Essa é A pergunta. Creio que as respostas fáceis não nos ajudam em nada. A vida definitivamente não é feita de respostas fáceis. Coisa terrível são pessoas que tentam explicar as situações mais complexas com frases prontas, bem ensaiadas e que parecem se encaixar em tudo, mas que na verdade não explicam coisa alguma.

Uma coisa que acho essencial é não fugirmos da realidade. Somos vasos de barro, como nos diz as Sagradas Escrituras. Que idiotice é rejeitar tal realidade. Que bizarras são teologias que defendem idéias absurdas do tipo: “pense positivo e tudo dará certo”, ou ainda “nunca profira palavras de derrota, diga sempre que você é vencedor”. Que horrível, que processo doentio. Grupos como os alcoólicos anônimos são extremamente reconhecidos pelo sucesso de seus tratamentos. E o que acontece nas reuniões desses grupos? Pessoas destruídas pelos vícios confessam seus fracassos, reconhecem suas limitações. Há! Como é bom poder falar das minhas fraquezas, como é bom poder confessar que eu sou limitado, como é bom conseguir dizer que eu não sei, que eu não posso, que eu não consigo. Não, eu não estou maluco. É que a gente tem que ficar o tempo todo mostrando força, dizendo que estamos ótimos, temos que vender imagem! Enquanto isso o império de Faraó está lá, a lepra nos assola, os gigantes se levantam, as tempestades nos ameaçam. Poder dizer que temos medo, que nos sentimos incapazes é uma libertação. Pergunte aos participantes do A.A. Além disso, como é bom também ouvir que as pessoas que nos cercam tem as mesmas limitações que nós. Sim, elas também passam pelos problemas que passamos, choram, sentem medo, nós não somos os únicos, não somos piores, somos todos iguais. Assim, posso estender a minha mão ao próximo, ora para socorrer, ora para ser socorrido. Isso é ser humano!

Outra coisa que pode nos ajudar é entender nosso relacionamento com Deus, a vida cristã como uma caminhada, ou ainda uma grande aventura. Não pense que as coisas de Deus funcionam como um show de mágicas, onde em um piscar de olhos os problemas somem, as crises passam e tudo vira um mar de rosas. Eu creio em milagres, prego isso, oro por isso, mas sei que existem processos que precisamos experimentar. Talvez o que eu e você precisemos não seja hoje de um milagre (no sentido mais comum da palavra), mas apenas de dormir uma boa noite de sono, de tirar alguns dias de férias, de conversar com alguém, de receber um abraço, enfim, de viver, de dar mais um passo, de entender que algumas coisas precisam ser vividas, é um processo. Não sei se estou sendo claro, talvez não, mas o que quero dizer é que para conviver com minhas “humanidades” é necessário eu entender que nem tudo vai ser resolvido com a imposição de mãos de um profeta ou com uma subida no monte, algumas coisas terão que ser digeridas com o tempo, andando dia-a-dia com Deus, aprendendo com Ele, chorando aos Seus pés, sendo consolados por Seu Espírito...

Penso ainda que devemos entender que “o tesouro que está dentro do vaso de barro” é precioso. Moisés conseguir libertar o povo de Israel do Egito porque Deus estava com Ele; Naamã foi curado da lepra porque Deus tinha poder para isso; Davi venceu Golias porque Deus guerreou por ele; Os discípulos não morreram na tempestade porque Jesus ordenou ao vento e ao mar... Há uma dimensão sobrenatural que não podemos abrir mão meu irmão. O Evangelho é o poder de Deus! Eu sou limitadíssimo, mas o meu Deus não sabe o que é isso. Eu não posso muitas coisas, mas o meu Deus pode tudo, eu não sei uma série de coisas, mas o meu Deus é onisciente. Isso não é uma afirmação ufanista, é apenas confiança. Veja o Salmo 121, o salmista diz: “elevo meus olhos aos montes, de onde me virá o socorro ?” Visualize a cena. A imagem que me vem a mente é de um homem, olhando para cima, com as mãos na cabeça, alguém perdido, assustado, sem rumo, como nós muitas vezes ficamos. Mas o salmo continua: “meu socorro vem do Senhor”. Se perdermos essa certeza, é possível que o rumo de nossa vida se assemelhe aos exemplos que citei de Michael Jackson, Cazuza e outros, pois vamos nos desesperar ao descobrirmos que estamos sozinhos e impotentes. O salmista então resume o que quero dizer: “Ele fez os céus e a terra”. É isso, eu não fiz nada, sou limitado, mas Ele fez tudo! Quem cria tem autoridade sobre o que criou. A fala do salmista, em outras palavras é: "posso me tranqüilizar pois confio em alguém que pode..."

Será que você que está lendo este artigo consegue se identificar com o que falo? Se sim, fique tranqüilo, estamos juntos na nossa humanidade. Não brigue, não se sinta o resto, o pior, você não é, somos apenas seres humanos! Também não se decepcione com seu Deus, com sua fé, você está vivendo um processo, está em meio a uma caminhada, dê passos, ainda que pequenos, mas não pare. E confie, não fixe seu olhar nas limitações, olhe para o Senhor.

Que Deus te abençoe,

Um abraço desse ser extremamente humano,

Giovani Zainotte

O processo do milagre – At. 9. 32-35


Nós sempre estamos a espera de um milagre... Seja uma intervenção de Deus em nossa família, seja uma porta que esperamos que Deus abra, seja a salvação de alguém que amamos, seja uma cura física, emocional. Enfim, o fato é que sempre temos algo a buscar, a suplicar.

No texto em questão, quem está aguardando um milagre é Enéias. O nome Enéias, no grego, significa: “o glorioso, o herói”. Só que seu nome não condizia com seu estado de vida. Enéias estava há oito anos paralítico. Ser alguém com deficiência física hoje já não é fácil, mas naquele tempo, os recursos eram ainda mais escassos e havia a idéia de problemas espirituais, o que gerava preconceitos para com o portador da deficiência.

O verso 32 deixa claro que Enéias era um convertido, pois Pedro desceu “aos santos que estavam em Lida”. Mesmo sendo “crente”, tendo um nome tão significativo, Enéias na verdade estava vivendo uma grande crise em sua vida. Às vezes pessoas olham para aspectos de nossa vida achando que estamos muito bem, mas não sabemos a profundidade de nossas dores, de nosso sofrimento. Alguém poderia pensar sobre Enéias: “Ali vai o glorioso, o herói”, mas em sua vida não havia nenhuma glória, nada de heróico.

Chega então Pedro, cheio de unção de Deus. Sua fala nos trás um processo interessante na dinâmica do milagre, acompanhe:

I- Jesus Cristo te cura - Eu fico imaginando Enéias... Oito anos sofrendo, quantas orações, quantas expectativas frustradas, quantas noites sem dormir achando que nunca alcançaria a vitória. Um belo dia, o enfermo Enéias escuta: “Enéias, Jesus Cristo te cura!” Meu Deus, imagine como essa frase encheu o coração de Enéias. Meus amados é certo que vivemos um tempo de muitas batalhas, lutas, dores, mas não podemos nos esquecer da mensagem de vitória: “Jesus Cristo te cura!”, e não só isso, ele te liberta, te salva restaura você, sua família, seu casamento. Eu creio no poder que há no nome de Jesus, eu creio que Ele continua operando na vida daqueles que crêem. No processo do milagre, eu não posso me esquecer do poder de Jesus. Eu tenho certeza que Enéias nunca mais enfrentou nenhuma luta em sua vida sem se lembrar da voz de Pedro naquele grande dia onde ele experimentou do poder do Senhor!

II – Levanta-te - A ordem de Pedro se dada a mim, não me incomodaria em nada, mas a Enéias, um paralítico, poderia até soar como uma afronta. Para Enéias, levantar-se significava romper limites. Há oito anos Enéias não se levantava. No processo do milagre encontramos a necessidade de estarmos dispostos a romper nossas limitações. Pense agora no que te limita: medo, timidez, preguiça, acomodação, traumas, falta de visão, palavras malditas, etc. para alcançarmos o milagre seremos convidados a romper com estas e outras coisas.

Escute, a condição para Enéias levantar-se vinha do poder de Deus, Ele restauraria o perfeito funcionamento do corpo de Enéias, mas a atitude de levantar-se era de Enéias. Existem muitas pessoas agindo de forma a que os outros tenham pena deles. Deus nunca terá pena de você! Por dois motivos: 1. Ele sabe que fomos criados cheios de capacidade, pois foi Ele quem concedeu essa capacidade. 2. Ele sabe que aquilo que eu não posso, Ele pode, é só eu buscar! Então não fique parado, faça sua parte, levante-se, rompa!

III- Arruma o teu leito - Eu não sei você, mas eu, depois de oito anos no estado de Enéias, recebendo a cura, a última coisa que eu pensaria seria arrumar o leito. Só que o leito era o símbolo da dor, da angustia, do terror na vida desse homem. Muitos de nós nos achegamos, recebemos milagres, bênçãos, vitórias, mas nos esquecemos de arrumar nossos “leitos”, nossas vidas. Glória a Deus pelo milagre, mas o leito do pecado precisa ser arrumado, glória a Deus pelo milagre, mas o leito da mentira, da fofoca, da falsidade, do adultério, da prostituição, da rebeldia, da desobediência, da frieza espiritual, o leito de uma vida longe de Deus precisam ser arrumados.

Qual o resultado do processo do milagre? Um homem feliz? Sim, Enéias estava muito feliz, assim como nos ficamos alegres quando recebemos vitórias. Mas não para aí. O verso 35, mostra-nos que o milagre na vida de Enéias provocou muitas conversões. Muitas vezes ouço pessoas dizendo que não sabem levar ninguém a Jesus, então aprenda com Enéias, ele não disse uma palavra, apenas viveu o Evangelho, obedeceu, tomou atitudes e muitas pessoas creram em Jesus.

Te convido a crer no poder do nome Jesus que te cura, salva, liberta... Te convido a romper seus limites, te convido a arrumar o teu leito e viver o milagre de Deus.

Que possamos também viver o Evangelho, o processo do milagre a cada dia.

Deus nos abençoe,

Rev. Giovani Zainotte

Filipe – um homem comum, resultados extraordinários



E, descendo Filipe à cidade de Samaria, lhes pregava a Cristo. E as multidões unanimemente prestavam atenção ao que Filipe dizia, porque ouviam e viam os sinais que ele fazia; Pois que os espíritos imundos saíam de muitos que os tinham, clamando em alta voz; e muitos paralíticos e coxos eram curados. E havia grande alegria naquela cidade.
At. 8. 5-8
É extraordinário o que pode acontecer para e através de um homem comum quando Deus põe um pouco de dificuldade e o poder do Santo Espírito na mistura.

Os crentes da igreja de Jerusalém começaram a abandonar a cidade em grande número por causa das ondas de perseguição por causa do testemunho que estavam dando a respeito de Jesus Cristo. Mas aquilo que os inimigos do Evangelho pensavam ser mal Deus usava como sendo bom, tal qual os crentes da Dispersão, que, ao fugirem de Jerusalém, levaram consigo a mensagem da salvação por meio de Jesus Cristo.

Filipe deixou Jerusalém e foi até Samaria, onde, comprometido com a pregação do Evangelho, liderou as salvação de multidões. Quando Filipe realizou milagres, expulsando demônios e curando muitos, o povo passou a ouvir as palavras de Filipe a respeito do Messias, que o capacitou a realizar esses feitos maravilhosos.

Um homem comum, uma pequena perseguição e um toque da parte do Espírito de Deus conduziram a conversão de massas na cidade de Samaria. Tal como Jesus havia predito, a mensagem do Evangelho fez o seu caminho, começando por Jerusalém e indo até os confins da terra (At. 1.8)

Filipe ilustra bem o que um líder, com a capacitação dada pelo Espírito Santo e com a autoridade de Jesus Cristo, pode fazer para mudar o mundo.

Extraído da Bíblia da Bíblia da Liderança Cristã – Sociedade Bíblica do Brasil

Estabelecendo prioridades


“Há muitas coisas que podem prender meus olhos,
mas muito poucas são capazes de prender meu coração”
Tim Redmond



Um dos grandes erros que podemos cometer é o de querermos abraçar o mundo inteiro com nossos braços. Querermos fazer tudo, estar em todos os lugares, se envolver com muitas atividades.

Há uns anos passados participei de um retiro que tinha um interessante tema: “Ninguém detém uma igreja que sabe para onde vai”. Você sabe para onde está indo? Sabe o que quer realmente, tem definido diante de si prioridades claras?

Quando estas perguntas não são facilmente respondidas por nós, corremos o risco de ficar andando em círculos, perdendo tempo, recursos, energia. Quantas pessoas já iniciaram vários cursos superiores e no meio do caminho descobriram que não era bem aquilo que queriam? Quantas pessoas já embarcaram em várias profissões e de repente viram que não era aquilo que desejavam? Quantas pessoas você conhece que “dançam conforme a música”, de acordo com as pessoas que estão a sua volta? Por aí vai, muitos são os exemplos de como é perigoso não ter alvos bem definidos.

Veja o exemplo de Jesus. Ele sabia exatamente o que Ele queria, onde queria chegar, o que queria conquistar. O alvo de Jesus era estabelecer o Reino de Deus, anunciar o Evangelho, alcançar os perdidos da casa de Israel.

Quando estas coisas estão bem definidas, as pressões que sofremos não são capazes de nos tirar do caminho. Jesus sofreu muitas pressões. Os fariseus o pressionaram, os romanos o pressionaram, os mais achegados o pressionaram... As pressões fazem parte de nosso dia-a-dia, não há como eliminá-las. A única forma de não sermos sufocados por elas é ter um objetivo claro. Se você não estabelecer prioridades, as pressões vão fazê-lo mudar de idéia a todo o momento, vão fazer você iniciar muitas coisas e não concluir nenhuma. Nenhuma pressão foi capaz de mudar o caminho de Jesus, Ele seguiu firme até o final, até completar sua missão.

Outra coisa inevitável na caminhada são as decepções. Jesus teve vários momentos de decepção, com as multidões, com seus discípulos, etc. E como as decepções conseguem nos arrastar de caminhos. Ao nos decepcionarmos, pensamos ter o direito de parar tudo, de mudar de rumo, de abandonar projetos. Afinal de contas fomos atingidos! Somente a paixão por um projeto, por um alvo, por um objetivo é capaz de nos fazer permanecer firmes.

Na vida de Jesus as seduções também estiveram presentes. Sempre vão aparecer projetos supostamente maiores do que o que estamos envolvidos, coisas aparentemente mais nobres sempre estarão a nossa volta. Quão perigosas são estas coisas. Um belo homem ou uma bela mulher podem fazer o projeto do nosso casamento parecer não tão importante. As estatísticas do mercado de trabalho podem fazer o projeto da nossa profissão parecer obsoleto. Os valores do mundo, sempre com uma bela apresentação, podem fazer os valores de Deus parecerem totalmente negociáveis. Se não tivermos prioridades bem definidas, facilmente cederemos às seduções.

Quantos de nós estamos correndo atrás do vento. Sem saber pra onde ir, sem saber o que fazer. O tempo está passando e nada está sendo produzido. Fazemos muita coisa, mas na verdade não fazemos nada, vamos a muitos lugares, mas não chegamos a lugar algum. Esse é o grande perigo de não se ter foco, de não se eleger prioridades.

Você sabe pra onde está indo? Se sabe, tenha certeza, nada poderá lhe impedir de chegar, os obstáculos poderão até dificultar, quem sabe até atrasar sua chegada, mas não serão capazes de roubar-lhe o foco.

Pense na declaração de Paulo em II Tm 4.7: “Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé.” Você diria que esta é uma declaração de alguém que estabeleceu ou não prioridades para sua vida? Paulo sabia exatamente qual era o grande combate em que ele estava envolvido, assim também como tinha bem definida a carreira que lhe fora proposta e certamente sabia muito bem em quem ele cria para guardar sua fé. O sucesso do ministério de Paulo devia-se a sua fidelidade às prioridades que ele mesmo estabeleceu em sua vida sob a orientação do Espírito Santo.

Que eu e você possamos, sensíveis aos Espírito Santo, eleger prioridades em nossas vidas, estabelecer metas, alvos, definir claramente onde queremos chegar. E dessa forma conquistaremos para a glória do Senhor!

Deus te abençoe,
Rev. Giovani Zainotte

Cavarei um pouco mais - Gn. 26. 1-25

O texto nos mostra uma passagem na vida de Isaque. Este é um personagem interessante na Bíblia. Ele nunca teve vida fácil. Sendo filho da promessa, nasce depois de uma conturbada história envolvendo seus pais e serva Hagar. Vê sua família meio desestabilizada, o irmão é quase que um adversário. De repente se vê indo em direção a um holocausto onde o animal sacrificado seria ele...

Isaque está na terra dos filisteus – Gerar – buscando alimentos e acontece que a princípio estava tudo bem, mas quando Isaque começa a prosperar mais que os filisteus, então eles o expulsam de Gerar (v. 14-16).

O que levou Isaque prosperar mais do que os filisteus em Gerar? O que levou Isaque a não desistir depois de ter sido expulso da terra?


Isaque está debaixo de obediência (v. 2-3) – Deus tem falado muito em meu coração nesse tempo sobre obediência. Nós deixamos de conquistar muitas coisas porque nos falta obediência. Muitos oram e jejuam sem parar, mas não conquistam, e isso porque sua oração e seu jejum, não são acompanhados de obediência, mas são apenas “sacrifícios” que nos oferecemos a Deus na tentativa de adquirir coisas.

Isaque está debaixo de promessas (v. 3-4) – A Bíblia diz que Deus zela por cumprir sua Palavra. Todas as promessas de Deus em nossas vidas serão cumpridas. Saber isso é saber que mesmo as piores oposições não conseguirão impedir a nossa caminhada.

Isaque trabalhou naquela terra (v. 12) – Nós precisamos nos conscientizar de que em tudo há a necessidade do nosso envolvimento. Isaque prosperou em Gerar, porque ele obedeceu, porque ele tinha promessa e porque ele plantou.

Diante da prosperidade de Isaque, os filisteus enchem-se de inveja e começam a lutar contra Isaque. É uma ingenuidade achar que quando estivermos vivendo em obediência, e tivermos uma promessa e ainda estivermos fazendo a nossa parte, não seremos alvos de lutas, de dificuldades.

O fato é que Isaque era visitante naquela terra, e ele prosperou de tal forma como nunca os filisteus haviam prosperado, e isso despertou inveja nos filisteus. Cuidado para você não ser achado como um filisteu, lutando contra alguém que está debaixo da benção do Senhor, só porque em alguma área, essa pessoa avançou mais que você!

Isaque e seus servos, seus pastores são expulsos de Gerar, mas não desanimaram, buscaram outro lugar para estar e cavar seus poços.

Cavaram um poço (v. 19-20), mas os filisteus vieram e tomaram. Isaque dá o nome de Eseque ao poço. Tal nome significa contenda. Quantos poços nós cavamos em nossas vidas e der repente, sem saber de onde, começam a surgir toda sorte de confusão, de barulho, de inquietação...

Cavaram outro poço (v. 21), mas novamente os filisteus vieram tomá-lo. Então Isaque deu o nome daquele de Sitna, que quer dizer inimizade. Seu o poço que você estiver cavando não der água, fique tranqüilo, ninguém vai se preocupar com você, mas se água aparecer, se prepare, pessoas vai se chatear com você. Inclusive, as mais próximas, inclusive irmãos da igreja, inclusive parentes...

Isaque e seus servos cavam mais um poço (v. 22) e ali encontram paz, ninguém vem contender com eles, e ele então põe o nome neste de Reobote, que quer dizer alargamento.

Quantos de nós começamos a cavar poços, projetos em várias áreas e de repente vimos tais poços serem entulhados? O que fizemos? Muitos desistem, acham que todas as suas forças foram gastas no poço anterior. Mas Deus nos diz para cavar um pouco mais.

Quem desistir em Eseque (lugar da contenda);
Quem desistir em Sitna (lugar da inimizade);
Não vai desfrutar de Reobote (lugar do alargamento).

Após isso, nos versos 23-25, Isaque vai para outro lugar – Berseba – ali eles edificam um altar, invocam o nome do Senhor, armam uma tenda e ... cavam um poço. Isso me faz lembrar os últimos anos de ministério de Paulo, quando ele diz a Timóteo: “Combati o bom combate, completei a carreira e guardei a fé”. Muitos depois de algumas conquistas acabam por esquecer os princípios. Paulo declara que depois de tantas vitórias, ele continuava crendo. As lutas não o tornaram amargo, e as vitórias não o envaideceram. Isaque continuava a erguer altares ao Senhor, continuava a invocá-lo, continuava a cavar poços.

Que Deus nos ajude a sempre cavar um pouco mais...
Pr. Giovani Zainotte

Faz de mim Senhor...


O que a Igreja precisa hoje não é de mais ou melhores mecanismos, nem de nova organização ou mais e novos métodos.


A Igreja precisa de homens a quem o Espírito Santo possa usar, homens de oração, homens poderosos em oração.


O Espírito Santo não flui através de métodos, mas através de homens. Ele não vem sobre mecanismos, mas sobre homens. Ele não unge planos, mas homens, homens de oração.


E. M. Bounds

Avivamento sem medo


De vez em quando a igreja se vê fria e reconhece a necessidade de um avivamento. Então, começa a orar por uma visitação especial do Espírito. Nessa hora, nada mais propício do que tentar definir corretamente o que é avivamento. É possível encontrar uma boa definição para o termo no livro “A Verdade do Evangelho”, de John Stott. Segundo o autor, “reavivamento é uma visitação inteiramente sobrenatural do Espírito soberano de Deus, pela qual uma comunidade inteira toma consciência de sua santa presença e é surpreendida por ela. Os inconversos se convencem do pecado, arrependem-se e clamam a Deus por misericórdia, geralmente em números enormes e sem qualquer intervenção humana. Os desviados são restaurados. Os indecisos são revigorados. E todo o povo, inundado de um profundo senso de majestade divina, manifesta em suas vidas o multifacetado fruto do Espírito, dedicando-se às boas obras”.


Sob o ponto de vista histórico, avivamento é aquele curto período de tempo em que o Espírito atua maciçamente no meio de um grupo de crentes de um determinado lugar, levando-o a buscar a Deus de forma intensa, deixando de lado a rotina, a frieza, a inércia e os escândalos, tudo para engrandecimento de seu reino. O avivamento em si pode durar pouco tempo, mas os efeitos que ele produz podem ser duradouros.

Avivamento é uma coisa; conversão é outra. A conversão marca a passagem da incredulidade à fé, da apatia ao compromisso, da confissão à convicção, da culpa ao perdão, da imundície moral à purificação, do vazio existencial à companhia de Jesus. O avivamento é a renovação e o alargamento da conversão. É a passagem da fé menor para a fé maior, do cálice pela metade para o cálice cheio, da entrega parcial para a entrega total, da mesmice para a novidade de vida, das obras da carne para os frutos do Espírito, da posse do Espírito para a plenitude do Espírito.

Embora o avivamento seja uma visitação soberana de Deus, sempre há os antecedentes, cujas nascentes já são manifestações do Espírito. Um deles, afirma Martyn Lloyd-Jones, é a pregação poderosa da Palavra.

Alguns de nós temos medo de avivamento. Não necessariamente porque o Espírito insistentemente nos constrange a negarmo-nos a nós mesmos, mas devido aos excessos e às deturpações que sempre o acompanham. Embora a cautela seja necessária, a presença e o perigo do joio nos campos onde o trigo do avivamento é semeado não devem, de forma alguma, nos fechar para ele.

E. César
Retirado da Seção “Carta ao leitor” Revista Ultimato, edição 317

Que tipos de marcas carregamos?



Por culpa de algumas cirurgias, eu tenho em meu corpo marcas irreversíveis, que acompanharam para sempre. Alguns têm marcas de nascença que também os acompanharam até os seus últimos dias.

Toda marca tem uma história. Quando olhamos para uma cicatriz, por exemplo, temos como contar como ela apareceu ali, às vezes uma pequena marca ou cicatriz pode nos levar a uma história inacreditável, ás vezes, histórias doloridas, que gostaríamos inclusive de esquecer.

Mas os exemplos que demos acima referem-se a marcas físicas, mas é sobre outro tipo de marcas que quero pensar um pouco: sãos as marcas impingidas em nossa alma. Marcas que vão sendo feitas mediante experiências que vamos vivendo, boas ou ruins.

Como as marcas físicas, as marcas na alma também são símbolos de situações que vivemos e que podem até nos fazer sentir tanta dor, quanto nos dia em que adquirimos aquela cicatriz.

Alguns têm marcas tão grandes em sua alma, que tem dificuldades de avançar, de dar novos passos. Às vezes marcas adquiridas em relacionamentos doentes, que nos impedem de viver novos relacionamentos, ou ainda de criar relacionamentos saudáveis.

A que tipos de marcas Paulo está se referindo?
No texto que lemos, Paulo usa um verbo que em seu original grego, significa o ferro em brasa utilizado para marcar um escravo como propriedade de determinado senhor. Dessa forma, o que ele está dizendo, é que suas “marcas” declaram que ele é escravo do Senhor, escravo da graça, da mensagem da cruz.

As marcas que ele fala são físicas: referindo-se às cicatrizes adquiridas em sua atividade missionária, mas também e acima de tudo, Paulo tinha marcas na alma, que certamente eram muito mais profundas. A marca adquirida no dia em que ele se encontra com Jesus no caminho de Damasco, por exemplo, causou nele “efeitos colaterais” tão grandes, que sua vida nunca mais seria a mesma.

Esta marca foi tão profunda que apagou outras. As marcas colocadas em nós pelo agir do Espírito Santo têm o poder de apagar outras marcas do passado, que às vezes são tão dolorosas.

A maior de todas as marcas.

Há uma marca que é física, não está em nós, mas é nossa garantia de vitória. Esta marca é tão profunda, tão importante, que é eterna. As marcas dos cravos colocados em Jesus. São marcas tão importantes que após ressuscitar, como um corpo glorificado, Jesus as exibe, e mais do que isso, Ele as mostra como evidência de que Ele era realmente Jesus. – “vejam minhas mãos e meus pés” (Lc. 24. 39). Marcas tão importantes que o incrédulo Tomé só creria que realmente era Jesus, se pudesse tocar nestas marcas.

Tais marcas são a evidência de nossa vitória, sempre que fizermos menção das marcas de Cristo, dos cravos, lembraremos que a vitória eterna está garantida, que a morte, o diabo e as demais terríveis marcas que adquirimos, foram vencidas quando estas cicatrizes foram feitas em Jesus.

Assim, não precisamos marcar nosso corpo com cravos, como alguns fazem ao se autoflagelarem, mas sim, aceitar tais marcas pela fé – “levando em nosso corpo o morrer de Cristo” (II Co. 4. 10)tendo assim a marca que Paulo tinha, a marca de Cristo!

Que diariamente sejamos marcados por nosso Senhor!!!

Orando por todos vocês,
Pr. Giovani Zainotte.

Nosso Deus é um Deus missionário


A Bíblia revela um Deus missionário em cada páginas das Sagradas Escrituras. por vezes pensamos erroneamente que o movimento missionário começou no Novo Testamento, e que no NT, Deus não tinha preocupações missionárias. porém esse é um grande erro. Vejamos como nosso Deus é um Deus missionário:

O DEUS DO ANTIGO TESTAMENTO É UM DEUS MISSIONÁRIO.

Quando pensamos sobre missões, pensamos que é uma ênfase do Novo Testamento. Em muitos momentos temos a impressão que Deus só começou a seu preocupar em atingir os povos da Terra em Jesus, quando Ele mandou que seus discípulos fossem pregar o Evangelho até os confins da terra. E que no Antigo Testamento Deus é Deus de um povo, o povo de Israel.

Mas quando olhamos um pouco mais atentamente vemos que primeiramente Deus criou toda a raça humana. Aprouve Deus escolher um povo para ser o “seu povo”, para torna-lo conhecido a todas as nações, porém isto não exclui as demais nações, os demais povos do plano salvífico.

Em Abraão, Deus renova seu chamado missionário: “De ti farei uma grande nação, e te abençoarei, e te engrandecerei o nome. Sê tu uma bênção. Abençoarei os que te abençoarem, e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem, em ti serão benditas todas as famílias da terra.” (Gn. 12.1-4)

Outros exemplos são encontrados no antigo Testamento apontando Deus como um Deus missionário.

O salmo 2. 8 diz: “Pede-me, e eu te darei as nações por herança, e os fins da terra por tua possessão.”

O Salmo 72. 11 diz: “E todos os reis se prostrarão perante ele, todas as nações o servirão.”

Isaías 49. 6 diz: “Disse mais: Pouco é que sejas o meu servo, para restaurares as tribos de Jacó, e tornares a trazer os guardados de Israel; também te dei para luz dos gentios, para seres a minha salvação até à extremidade da terra.”

Isaías 2.2 diz: “E acontecerá nos últimos dias que se firmará o monte da casa do Senhor no cume dos montes e se exaltará por cima dos outeiros; e concorrerão a ele todas as nações.”

Assim, quando olhamos para o Antigo Testamento vemos um Deus Criador de todos, e preocupado com salvar todos. Todos os povos são alvos do amor incondicional de Jesus, alvo da Graça, alvo do plano maravilhoso de salvação.

O CRISTO DOS EVANGELHOS É UM DEUS MISSIONÁRIO.

A mensagem principal dos Evangelhos é a vida do Filho de Deus. Jesus é o centro de cada frase dos Evangelhos. E a vida de Jesus é o exemplo maior de missão. Muitos missionários deixam suas casas, seu conforto, suas famílias para irem ao encontro dos necessitados, dos sofridos, daqueles que estão distantes de Deus. Jesus deixou sua glória, seu trono, e veio estar entre nós, como homem. E mais, Ele deu a vida por essa missão. Fp. 2. 7-8 diz que: “sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus, Mas aniquilou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens; E, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até a morte, e morte de cruz.”

Assim, quando olhamos para os Evangelhos, vemos a face de um Deus missionário, que larga tudo para buscar o homem, um Deus que não só tem um belo discurso acerca do amor, mas que transforma o discurso em prática, em ação.

O Espírito Santo dos Atos dos Apóstolos é um Espírito Missionário.

Alguém já disse que o livro de Atos poderia ser chamado de Atos do Espírito Santo. E isso porque todo o livro é pautado na ação do Espírito na vida da Igreja. Antes de receberem o poder do Espírito os discípulos estavam meio que acovardados, sem rumo. Ao receberem a unção do Espírito tornam-se verdadeiros missionários, impulsionados aos perdidos, cheios de ousadia para anunciar o grande amor de Cristo.

Também no evento maior de Atos, o Pentecostes, vemos mais uma vez os olhos de Deus postos sobre todas as nações. Pois ali estavam reunidos pessoas de várias partes do mundo, e todos foram cheios do Espírito, simbolizando assim, a ação de Deus sobre toda a carne.

Assim, em Atos percebemos o Espírito Missionário de Deus trabalhando incansavelmente para levar a igreja a testemunhar o amor de Deus, para fazer com que a igreja deixe de estar trancafiada em seus muros e tenha em seu peito uma verdadeira paixão pelas almas.

A IGREJA DAS EPÍSTOLAS É UMA IGREJA MISSIONÁRIA

Em primeiro lugar porque a maioria são cartas endereçadas a novas igrejas, nascidas do esforço missionário dos apóstolos, principalmente de Paulo. A partir daí vemos expressões que demonstram que estas novas igrejas nasciam tendo a consciência da missão: A igreja de Fp, por exemplo, é chamada a resplandecer como luzeiros no mundo e a preservar a palavra da vida. (Fp. 2. 15-16). Os tessalonicenses são descritos como tendo, não somente recebido a palavra do Senhor, mas também feito com que ela “repercutisse” nas regiões vizinhas (I Ts. 1. 6-8).

O CLÍMAX DO APOCALIPSE É UM CLÍMAX MISSIONÁRIO.

Se encararmos o Apocalipse como uma visão do futuro, veremos que a missão da igreja será cumprida, pois João contemplou uma multidão que vinha de todas as nações, tribos, povos e línguas (Ap. 7.9-10). As nações alcançadas, sem acepção de pessoas.

A mensagem central do Apocalipse é o anúncio de um Cordeiro que é Leão e que venceu não para seu benefício próprio, mas para conceder vitória aqueles que nunca venceriam sozinhos. E isso não é missão?


Conclusão:

Trabalhamos tudo isso, buscando ver em toda a Bíblia como nosso Deus é um Deus missionário para dois propósitos:

O primeiro é sair daqui com o sentimento de que somos alvos dessa ação missionária de Deus. Em toda a Bíblia pudemos comprovar que Deus trabalhou no sentido de alcançar a todos os povos. Nós precisamos sair daqui tendo a certeza do amor de Deus por nós. Desde o início, ao comissionar Abraão para abençoar todas as famílias da terra, ao enviar Jesus, ao enviar o Espírito Santo, nós éramos os alvos do Senhor, alvos do seu amor, alvos da sua Graça. Se houver alguém que ainda não teve um encontro real com esse Deus, você deve saber que Deus deixou registrado em cada página da Bíblia o desejo de resgata-lo, de cuidar de você.

O segundo propósito é que saiamos daqui tendo a convicção de que esse Deus não mudou, Ele continua sendo missionário, continua trabalhando para que todos sejam salvos, continua empreendendo esforços para que o homem seja alcançado. E nessa tarefa Ele conta com cada um de nós.

Talvez não recebamos o chamado para irmos até os confins da terra, a outras nações, a tribos de índios, mas certamente temos recebido o chamado, a missão de falar de Jesus para todos que nos encontrarmos, para todas as pessoas que ainda não O conhecem, e mais do que isso, temos recebido o chamado de orar por aqueles que estão largando tudo para ouvir o chamado e ido a lugares que talvez nunca iremos, e além de orar, sustentar com recursos financeiros a estas pessoas.

Que saiamos daqui hoje sabendo que servimos a um Deus de amor, que trabalha em nosso favor, que é missionário, que não desiste de nós, que somos alvos desse Deus maravilhoso, bem como que saibamos que nesse processo missionário, Deus conta com cada um de nós, para que indo, façamos discípulos e anunciemos que o nosso Deus missionário continua trabalhando.

Que Deus nos abençoe,
Pr. Giovani Zainotte

Texto lido no culto de minha despedida da Igreja Metodista de Cuiabá


“Tudo tem seu tempo determinado e há tempo para todo o propósito debaixo do céu” Ecl. 3.1



Firmados nesta palavra entendemos que o período estabelecido pelo Senhor para o nosso “Rev.” aqui terminou. O nosso coração se entristece por sabermos que pessoas as quais aprendemos a amar irão para longe de nós.

O ministério tem dessas coisas, é um dos preços que um pastor e sua família tem que pagar, pois tudo aquilo que o Senhor faz traz aprendizado e abençoa vidas, a fim de que Seu Santo nome seja glorificado e, assim sejamos impactados por Sua Palavra de vida e poder.

Por falar em palavra, esse Rev. recebeu do Pai esse dom. Quando ele abre a Bíblia, lá vem coisa boa, maná fresco do céu.

Não é que um dia ele tentou nos convencer dizendo que Deus era injusto. E perguntava: “Deus é justo ou não é, hein, Mazuca?” “Ah! Pastor, é claro que é justo.” Depois de muito nos indagar, ele disse em alto e bom som: “Sim, Deus é mais do que justo, Deus é justíssimo!”

E o jumentinho? Que palavra gloriosa! Ficou para a história da vida da igreja!

O “Pai Nosso” nunca mais será orado da mesma forma. Pesa sobre nós uma grande responsabilidade, a de orá-lo e vivê-lo dia após dia.

Não só Isaías foi transformado quando viu a glória de Deus. Aquele domingo, também sentimos muito perto essa glória. Deus operou grandemente, a brasa viva tocou nossos lábios, tal qual em Sua Palavra.

Ainda podemos ouvir o estalar dos cálices daquele 13 de janeiro. Que culto foi aquele? Assim como Daniel firmemente escolheu não contaminar-se com as iguarias do rei, esse jovem pastor também decidiu.

Foram muitas mensagens que marcaram a vida da igreja de Cuiabá, como o estudo sobre o deserto, a multiplicação dos pães, aquela Palavra baseada em Ex. 33, onde o enredo central da mensagem era que Moisés preferia o Deus da bênção à bênção, e ele só iria se Deus fosse com ele. Aquela palavra no retiro dos jovens, sobre as marcas, baseada em Gl. 6, nossa, que reboliço aconteceu naquele lugar; aquele estudo na EBD sobre as características da águia... e olha que ele dizia que não gostava de dar estudos! Enfim, são tantas que não dá para mencionar todas aqui, ficaríamos até o ano que vem falando e relembrando as coisas gostosas que Papai do céu mandou pra nós através de seu servo. Suas palavras eram sempre misturadas com umas brincadeirinhas que até ele se enrolava depois e mandava a gente parar, para que ele continuasse, assim ninguém dormia. Lá do púlpito ele procurava um para implicar, o Davidson, o Duda, o Thales, a Celita que o diga, né?! Coitado de quem ele resolvia colocar como cobaia ilustrativa em seus sermões. A frase que a gente mais detestava ouvir quando ele estava pregando era: “Para concluir a mensagem...” Que pena já acabou!?

Comida? Que isso, ele não liga muito para esse tipo de coisa, isso é coisa da “carne”! Brincadeiras à parte, esse varão pega firme no garfo, e acelera...

Por falar em acelerar, quem já pegou carona com ele sabe que é pequeno, mas tem o pé pesado. Pastor Neliel é quem sabe contar. Pensou até que ia ver Jesus mais cedo.

Agora ele encerra o ano com uma responsabilidade a mais, além de ser esposa da Marta vai ser papai. Que presentão Papai do céu preparou para esse Natal, hein!

Enfim, pastor, nós, suas ovelhas, queremos desejar a você e sua família um futuro cheio das virtudes do Espírito Santo. Um ministério frutífero e fortalecido por Aquele que o arregimentou. Que nessa nova etapa, o Sumo Pastor te faça repousar em pastos verdejantes e te leve junto das águas de descanso. Ele estará com vocês todos os dias, até a consumação dos séculos.

Desejamos a vocês o melhor desta Terra, e que lá em Valença, suas ovelhas saibam valorizar o presente que estão recebendo e que a Campanha das “sete semanas da frauda descartável” seja um sucesso!!! Trabalhe bastante, isso no Senhor não é vão, e nunca deixe de ser servo, isso é o que mais importa para o Seu Deus e para nós. Não se esqueça de nós.

Receba o nosso forte e já saudoso abraço,

Igreja Metodista em Cuiabá

Reflexão compartilhada pelo Sem. Rogério Silveira


Falando ao Coração: A Perseverança


Deus nos chama não para sermos bem sucedidos, mas para sermos fiéis!


E não nos cansemos de fazer o bem, porque a seu tempo ceifaremos, se não desfalecermos. Gálatas 6.9


Palavras chaves:
Desfalecer
Ceifar
Cansar

Em uma ocasião, Madre Teresa de Calcutá foi desafiada por uma pessoa que lhe disse que era impossível atender às necessidades de todos os pobres da Índia. Ela respondeu que Deus não a tinha chamado a ser bem-sucedida; Ela tinha chamado a ser fiel.

“Aos mais pobres dos pobres”

1. E não nos cansemos...
Um alerta contra os desgastes desnecessários que temos em nosso ministério, em nossa vida, em nosso emprego, em nossa família. Devemos evitar em nos cansarmos com coisas que não agregam valores, passados que ainda nos atormentam, sentimento de não ceder para não se sentir enfraquecido, etc....

2. ... a seu tempo ceifaremos...
Uma promessa de vitória sobre a persistência de nosso trabalho, quando nos comprometemos com o Deus que nos chamou e temos com ele um relacionamento baseado em sua graça e misericórdia, entendemos que as circunstâncias de nossa vida não podem nos submergir, ainda que sejam difíceis e amargas....não podemos renunciar neste momento...não renuncie....

Não Renuncie

Quando as coisas não derem certas, como às vezes acontece,
Quando a estrada que você está trilhando parecer só ter subidas,
Quando os fundos forem poucos, e as dívidas, muitas
E você quiser sorrir, mas tiver de suspirar,
Quando as preocupações o deprimirem um pouquinho,
Descanse se quiser, mas não renuncie.

A vida é estranha com suas reviravoltas,
Como cada um de nós vem a aprender.
E muitos fracassos são revertidos,
Quando um pouco mais de esforço leva à vitória.
Não renuncie embora o ritmo pareça lento.
Você pode ser bem-sucedido na próxima tentativa.
O sucesso é o avesso do fracasso,
A tinta prateada das nuvens da dúvida,
E você nunca sabe quão perto está.
Pode estar perto quando parece estar tão longe.
Por isso, continue lutando quando o golpe for mais forte,
É quando as coisas parecem piores
Que você não pode renunciar.


3. ... se não desfalecermos.
Também uma promessa de derrota se desistirmos, se desanimarmos, se entregarmos os pontos antes do término da partida. Lembre-se de uma coisa muitos torcem pela sua derrota, pelo seu fracasso e quando paramos no meio do caminho, nos deixamos levar pelas circunstâncias da vida, outros virão e tomarão o seu lugar e as coisas continuarão como se nada tivesse acontecido. Ninguém sentirá pena e compaixão de você. Por isso não desfaleça não pare de fazer o bem para as pessoas, os ventos cessarão, as tempestades findarão e aqueles que apostavam em seu fracasso, reconhecerão que você entendeu o seu chamado de ser fiel ao Deus que lhe amou e por ti se entregou numa cruz para sua salvação....


Só a Deus demos glória!!!

Sem. Rogério Silveira

A Atualidade da Pregação de João Batista



Lc. 3.1-20

João Batista é considerado o último dos profetas no modelo do Antigo Testamento. Ou seja, o último com características bem diferentes, com particularidades e excentricidades. Um homem, na nossa visão, esquisito. Vivia no deserto, comia comidas estranhas se vestia como peles de animais, etc.

Deus deu a João um chamado muito profundo e muito perigoso. Ele teria que preparar o caminho para o Senhor. Sua mensagem tinha esse objetivo, fazer com que mentes e corações estivessem abertos para a mensagem de Jesus.

Sua mensagem tem algumas ênfases que nós precisamos retomar nos dias de hoje. Creio sinceramente que nos dias atuais a Igreja vive um tempo semelhante aos dias de João, no sentido da chegada de Jesus. Porém essa chegada será diferente, tudo será diferente. Mas acredito que Deus deseja que a igreja trabalhe na mesma direção que trabalhou João Batista – preparando o caminho do Senhor! Estamos vivendo os últimos dias, Jesus está às portas para voltar e a mensagem de João é mais que atual nesse contexto. Algumas das ênfases da pregação de João:

1. A mensagem de João anunciava o julgamento – Lc. 3.9

João anunciava que em breve, viria julgamento. As obras, as atitudes, as posturas seriam pesadas na balança da justiça de Jesus.


A Igreja de hoje precisa retomar essa pregação, precisa anunciar que Jesus virá julgar vivos e mortos. O mundo vive como se tal fato fosse uma simples história. E infelizmente, até a igreja parece estar vivendo como se tal fato não fosse uma verdade inquestionável.

Mas ouçamos o que a Bíblia diz: "Quando o Filho do homem vier em sua glória, com todos os anjos, assentar-se-á em seu trono na glória celestial. Todas as nações serão reunidas diante dele, e ele separará umas das outras como o pastor separa as ovelhas dos bodes. E colocará as ovelhas à sua direita e os bodes à sua esquerda.” (Mt. 25. 31-33)

“E vi um grande trono branco, e o que estava assentado sobre ele, de cuja presença fugiu a terra e o céu; e não se achou lugar para eles. E vi os mortos, grandes e pequenos, que estavam diante do trono, e abriram-se os livros; e abriu-se outro livro, que é o da vida; e os mortos foram julgados pelas coisas que estavam escritas nos livros, segundo as suas obras. E deu o mar os mortos que nele havia; e a morte e o inferno deram os mortos que neles havia; e foram julgados cada um segundo as suas obras. E a morte e o inferno foram lançados no lago de fogo; esta é a segunda morte. E aquele que não foi achado escrito no livro da vida foi lançado no lago de fogo.” (Ap. 20. 11-15)



2. A mensagem de João Batista tinha um apelo urgentíssimo à conversão – Lc. 3.10-14.

A necessidade de uma nova postura, de novas atitudes, de nova forma de pensar. Para João seguir a Cristo implicava em uma vida totalmente nova, onde práticas do passado devem ser abandonadas para que o novo de Deus seja manifesto.


3. A mensagem de João mostrava a necessidade do batismo – Lc. 3.3

Entendamos essa necessidade como um sinal ao mundo. Primeiro sinal da misericórdia de Deus, que sempre perdoa. Segundo como sinal de comprometimento.

O mundo hoje precisa desses que a igreja sinalize tais coisas. O mundo não pode ter medo da igreja, vendo-a como sendo um lugar onde são acusadas, julgadas. O mundo precisa olhar para a igreja como um lugar onde o amor, a graça, a misericórdia de Deus estão presentes como remédio para suas almas.

O outro sinal é de igual forma imprescindível. A igreja precisa mostrar seu comprometimento com o Reino de Deus. Jesus está cansado de multidões, Ele está buscando os discípulos. Gente que testemunha, que anuncia que tem compromisso com o Reino, que é estável.


4. A mensagem de João Batista anunciava aquele que há de vir – Lc. 3.16-17

Amados, a grande esperança da igreja do Senhor é a expectativa da volta de seu Senhor! A igreja existe em função dessa espera. Infelizmente nos dias de hoje essa pregação tem sido esquecida. Com um Evangelho imediatista, do aqui e do agora, estamos valorizando muito mais aquilo que podemos conquistar hoje. Mas a nossa maior vitória é o que Jesus nos está preparando!

Paulo disse em I Co. 15.19: “Se esperamos em Cristo só nesta vida, somos os mais miseráveis de todos os homens.” A Igreja precisa novamente ansiar pela volta de Cristo. Penso que não temos essa necessidade tão forte em nossos corações por nos faltar intimidade com o Senhor. Quanto mais íntimos formos do Senhor, mais de Sua presença vamos querer. Paulo tinha tanta necessidade de Deus que dizia que o morrer era lucro. A igreja hoje precisa ter em seus lábios novamente a grande expressão de vitória: “Maranata” – ora vem Senhor Jesus!

Rev. Giovani Zainotte