Betesda, retrato da igreja? João 5


O texto em questão, ajuda-nos a refletir sobre como deve e como tem sido a realidade da Igreja. Ao analisarmos alguns pontos, poderemos confrontar nossa realidade em quanto parte do que desejamos poder chamar de Corpo de Cristo.

Há pelo menos quatro características presentes no texto que devem ser copiadas pela igreja:

1) Betesda é um termo hebraico que quer dizer "Casa de Graça" ou "Casa de Misericórdia". Veja que característica maravilhosa! A igreja deve ser um lugar onde as pessoas se encontrem com a Graça e com a Misericórdia de Deus. Em um mundo onde o amor de muitos tem se esfriado, Graça e Misericórdia são as grandes demonstrações de amor que podemos oferecer ao mundo. Será que ao olharmos para nossas igrejas, ou mesmo para nós individualmente, podemos dizer que somos "Casa de Graça" ou "Casa de Misericórdia" ?

2) Aquele lugar estava cheio de pessoas que nutriam dentro de si esperança em encontrarem cura para suas enfermidades. Em tempos de tanta desesperança, a igreja precisa ser um lugar que nutra tal sentimento

3) Como já vimos, aquele lugar era cheio de esperança, porque ali aconteciam curas. A igreja deve ser um luhar de cura, às vezes curas físicas, mas estas, os hospitais, a medicina também oferece. Mas acima de tudo, cura da alma, do coração, das emoções, que só Deus pode operar.

4) Ali havia cura, porque havia manifestação do poder de Deus. A igreja deve ser um lugar onde o poder de Deus se manifesta.

Porém, havia outras características naquele lugar, que nem de longe lembram a Igreja onde Jesus é o Senhor. Senão vejamos:

1) Naquele lugar havia disputa e desprezo. O coxo diz que sempre que ele tantava entrar na água, alguém ia primeiro. Veja a disputa, tão presente no mundo distante de Deus, onde as pessoas brigam por posições, por serem as melhores, não importando o preço a ser pago por isso, nem o quanto isso ferirá outras pessoas. Logo após, o coxo diz que não há ninguém que o jogue no tanque. Na igreja, muitas vezes as pessoas estão tão preocupadas com seus interesses próprios, que não atentam para as necessidades do outro, deixando muitos em situação de desprezo.


2) Acomodação. A pergunta de Jesus ao coxo parece um tanto quanto óbvia, mas podia denotar acomodação. Primeiro porque o paralítico (ali há 38 anos) podia estar tão acostumado ao seu estado que não sentisse mais o desejo de recuperar a sua saúde. Segundo, porque um mendigo daqueles dias podia perder uma fonte de renda às vezes lucrativa e fácil, já que os judeus criam que dar esmolas purificava pecados, tornava-os mais santos.


3) Religiosidade. O homem curado é questionado por ter sido curado no sábado. Um milagre ou qualquer ato no sábado constituía uma infração gravíssima da lei, mesmo que o que estivesse em jogo fosse o bem estar de alguém. O valor maior que temos que ter é a vida, quando este valor é desprezado por culpa de regras criadas por homens, isto é religiosidade, ou seja, distanciamento de uma fé viva e eficaz em detrimento de regras que impedem inclusive o agir de Deus.


Fica então a pergunta reflexiva: De todas as características vistas, quais estão presentes em nossas vidas?

Deus nos abençoe.

Rev. Giovani Zainotte

Olhe para JESUS!!!


Portanto, também nós, uma vez que estamos rodeados por tão grande nuvem de testemunhas, livremo-nos de tudo o que nos atrapalha e do pecado que nos envolve, e corramos com perseverança a corrida que nos é proposta, tendo os olhos fitos em Jesus, autor e consumador da nossa fé. Ele, pela alegria que lhe fora proposta, suportou a cruz, desprezando a vergonha, e assentou-se à direita do trono de Deus. Pensem bem naquele que suportou tal oposição dos pecadores contra si mesmo, para que vocês não se cansem nem desanimem. Hb. 12. 1-3


O chamado cristão é o chamado da luz, ou para sermos luz. Veja que o escritor aos hebreus deixa claro que “nós” e esse “nós” obviamente refere-se à igreja, estamos cercados de testemunhas. Por isso, quem abraça a fé, precisa saber que será centro das atenções e sua vida terá que expressar a luz de Cristo.

Por causa disso, o escritor fala que precisamos nos “livrar” de algumas coisas. Primeiro ele fala de nos livrarmos de tudo o que nos atrapalha. Veja, não é só o pecado que atrapalha o servo do Senhor na caminhada. Existe uma infinidade de outras coisas que podem dificultar nossa trajetória. Eu penso em alguns exemplos e você se esforça por achar outros: Nosso temperamento, nossa personalidade. Muitos de nós possuímos personalidades difíceis, temos dificuldades para perdoar, possuímos um “pavio” curto demais, somos independentes demais... dessa forma precisamos que nosso temperamento, nossa personalidade sejam moldados pelo Senhor, senão teremos problemas. Penso também nas experiências do passado: muitos viveram experiências terríveis que deixaram marcas enormes em nossa alma. Tais marcas por vezes nos levam a uma vida triste, cheia de rancor, bloqueada para novos relacionamentos... enfim, existem uma série de coisas que poderíamos citar e que deveriam ser abandonadas por dificultar nossa função de sermos luz.

A outra coisa que autor cita é o pecado. Vemos que o pecado é algo que “enrola” a vida do ser humano, traz embaraço, rouba a presença de Deus, rouba a unção, rouba a alegria da salvação, seca a alma, traz a morte (tanto física quanto espiritual). Por isso quem ama a Jesus precisa deixar o embaraço do pecado.

Outro ponto a ser destacado neste texto é o fato de precisarmos ter em nossas vidas perseverança. Não há vida cristã sem perseverança. Pessoas desistem a todo instante da vida cristã., por causa das lutas, de aborrecimentos, de frustrações e muitos outras coisas abandonam ao Senhor. Mas a Palavra do Senhor deixa claro que o Senhor não tem prazer na vida daqueles que retrocedem, que voltam atrás.

Há ainda outro precioso ensino, quando o autor diz sobre olharmos firmemente para Jesus. Ele está falando de foco. Meu irmão, qual é o seu foco? O que você está buscando? Existem pessoas olhando para cargos, querem uma posição de destaque, por isso, quando o tal “destaque” não vem, abandonam ao Senhor. Outros estão olhando para as bênçãos que Deus pode dar, por isso, quando não recebem aquilo que querem desistem da caminhada. Há também quem esteja olhando para um lugar “perfeito”, com pessoas “perfeitas”, e quando descobrem que a igreja está cheia de pessoas imperfeitas (incluindo elas mesmas), ficam frustradas e abandonam a fé.

Mas quando os nossos olhos estão em Jesus, haja o que houver continuaremos firmes, entenderemos que o melhor lugar é a Sua doce presença. Entenderemos que o preço que Jesus pagou na Cruz do Calvário é alto demais para brincarmos de sermos crentes. OLHE PARA JESUS!

Deus te abençoe,


Rev. Giovani Zainotte