No dia 19 de Abril, iniciaremos na Igreja de Itaocara, onde sou pastor, uma jornada de oração pelas famílias, que fecharemos no mês de Maio (mês da família) com uma Conferência de três dias.
Estamos dando a essa
jornada de oração o tema: FAMÍLIA É COISA DO PASSADO. A princípio o tema parece
estranho, como se disséssemos que não acreditamos mais na família ou coisa
parecida. Mas é radicalmente ao contrário.
Faço menção da fala do profeta Jeremias:
“Assim diz o
Senhor: Ponde-vos nos caminhos, e vede, e perguntai pelas veredas antigas, qual é o bom caminho, e andai por ele; e achareis
descanso para as vossas almas.” Jeremias 6:16
Jerusalém
estava sitiada e Jeremias deixava claro que a causa daquele cenário desolador
eram as iniquidades do povo. O Senhor diz de forma desesperadora: “A quem falarei e testemunharei para que
ouçam? Eis que os seus ouvidos estão incircuncisos e não podem ouvir, eis que a
palavra do Senhor é para eles coisa vergonhosa; não gostam dela.” Jr. 6.10
Penso que é
exatamente esse o cenário que vivemos em muitas áreas, mas sobretudo quando
falamos em família. Poucos estão parando para ouvir o que a Bíblia tem a dizer
sobre família e muitos a estão rejeitando deliberadamente (como coisa
vergonhosa). São vários os exemplos de parlamentares de nossa nação que deixam
claro que “não gostam dela”. Defender
idéias como sexo só depois do casamento/virgindade; casamento até que a morte
separe; fidelidade conjugal e outras estão sendo consideradas coisas do
passado. Quando falamos estas coisas em alguns ambientes somos taxados como
retrógados, ultrapassados, quadrados, etc. Um jovem que levante uma bandeira
dessa em um ambiente universitário é quase linchado... Creio que o número
elevado de casamentos que terminam hoje, salvo algumas justas exceções, não
seja por conta de problemas novos ou maiores, mas sim por mentes que se
amoldaram aos novos valores, as novas concepções e que não tem mais disposição
para lutarem por seus casamentos. Testemunhos de mulheres ou homens que oraram
anos para verem seus lares restaurados tornar-se-ão cada vez mais raros, pois é
mais fácil “tentar de novo”, ignorando as marcas deixadas por alianças
quebradas no mundo espiritual.
O remédio
que Jeremias receitou ao povo de Israel era que eles deveriam “perguntar pelas veredas antigas”. Sim!
Valores, conceitos, verdades apreendidas e vividas pelos seus antepassados e
que eles estavam negligenciando. É o mesmo conselho que o escritor de
Deuteronômio faz à geração que nasceu no deserto: “Lembra-te dos dias da antiguidade, atenta para os anos de gerações e
gerações; pergunta a teu pai e ele te informará, aos teus anciãos, e eles to
dirão.” Dt. 32.7. A nova geração precisaria conhecer a histórias e os
valores que os fizeram chegar até ali, se não sua continuidade estaria
comprometida, todo livro de Deuteronômio trata disso, de uma releitura da
história, de um grande “álbum de fotografias” da história do povo de Deus.
E esse é o
remédio que precisamos tomar hoje também! Precisamos perguntar pelas veredas
antigas. Precisamos resgatar valores perdidos. Precisamos voltar... Certamente
o mundo, a mídia nos taxará como não evoluídos, dirão que o que pregamos é
coisa do passado. Então, afirmemos, se o que estão ensinando e vivendo é o
futuro, é a evolução, é a tendência a ser vista, somos do passado! Se os
absurdos que estamos vendo é o que há de moderno na concepção de família, vamos
resistir e declarar que nosso ideal de família é sim coisa do passado e não
abriremos mão dele. Por isso, por mais que assuste na primeira leitura,
afirmaremos: família é coisa do passado! Coisa das veredas antigas, de valores
eternos de um Deus eterno!
Deus abençoe
as famílias de nossa nação!
Rev. Giovani
Zainotte
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