· Gn
37.12-36: Os irmãos de José armaram uma cilada contra ele, prendendo-o,
atirando-o em um poço e vendendo o irmão por vinte peças de prata aos
ismaelitas (também chamados de midianitas), como se fosse um escravo. Estes,
por sua vez, venderam-no a um "oficial do faraó e capitão da
guarda" chamado Potifar.
· Gn
39: A mulher do seu senhor Potifar, depois de inutilmente tentar seduzir José,
acusou-o de tentativa de estupro. Essa acusação levou-o à prisão. Agora, além
de escravo, José era um prisioneiro - sem direitos e sem liberdade. Contudo, o
autor de Gênesis diz: "Mas o Senhor estava com ele e o tratou com
bondade" (v. 21).
José tinha
em sua caminhada todos os ingredientes para se tornar um homem revoltado,
frustrado, infeliz. Experimentou traição, mentiras, calúnias, esquecimento.
Todos nós
temos cicatrizes. Todos nós, em maior ou menor escala, já enfrentamos situações
dolorosas. Alguém já nos caluniou, alguém já nos enganou, alguém já nos
esqueceu, alguém já traiu, alguém já humilhou, etc.
A vida tem
dessas coisas, nossa caminhada certamente não é um mar de rosas. Desafios fazem
parte, e às vezes são fundamentais para nosso crescimento em algumas áreas. A
questão é que muitos adotam posturas que tornam tais experiências ainda mais
dolorosas, fazem com que as feridas provocadas por essas experiências estejam
sempre abertas e infeccionadas.
Nosso
personagem viveu tudo o que lemos, mas tornou-se o segundo homem mais poderoso
do Egito. Sua palavra era lei naquele que era o maior império daquele momento.
Mesmo marcado por tantas dores, José conseguiu aproveitar as experiências que
lhe apareceram. Qual o segredo? O que difere José de muitos de nós?
Nos dois filhos gerados por José
vamos encontrar a resposta!
Manassés
O primeiro
filho gerado por José recebeu o nome de Manassés. O nome colocado por José
aponta para um segredo. Manassés quer dizer “esquecimento”. José coloca esse
nome dizendo: “Deus me fez esquecer de todo o trabalho e de toda a casa de meu
pai”
Olha que tremendo
princípio ensinado por José. Para chegar onde chegou, para superar as dores
sofridas, José esqueceu-se de tudo. Veja, esquecimento aqui não é sinônimo de
amnésia. É claro que José tinha na memória todos os fatos do passado, o que ele
está dizendo é que tais fatos não exerciam nele mais nenhuma força limitadora.
Toda
experiência dolorosa que vivemos é como se fosse amarrado em nós uma corda.
Todas as vezes que tentamos avançar essa corda nos impede. Seja através de
medos, de ressentimentos, de amargura, de culpas, de insegurança, de complexos,
enfim, é como se uma corda nos desse “trancos” nos fazendo voltar...
O que José
está dizendo ao nomear seu primeiro filho de Manassés é que de alguma forma ele
conseguiu cortar essas cordas, desvencilhar-se delas e avançar!
Irmãos
precisamos conseguir tal feito também! E vamos fazê-lo deixando que a Graça de
Deus aja em nossas vidas. Sim! É a maravilhosa Graça de Deus que opera em nós
arrancando Os medos ao nos mostrar o amor curador do Pai que lança fora todo medo.
É a Graça que cura nosso coração dos ressentimentos, cortando as raízes de
amargura, nos dando condições de perdoar, assim como somos perdoados! E a graça
que risca todo o escrito de dívida que há contra nós, removendo toda culpa de
nossas vidas. É essa incrível Graça que nos faz acreditar vencendo as
inseguranças. É a graça que nos mostra quem somos em Cristo Jesus anulando
nossos complexos!
Essa é a
experiência que nos relata Paulo quando diz: “Não que já a tenha alcançado, ou
que seja perfeito; mas prossigo para alcançar aquilo para o que fui também
preso por Cristo Jesus. Irmãos, quanto a mim, não julgo que o haja alcançado;
mas uma coisa faço, e é que, esquecendo-me das coisas que atrás ficam, e
avançando para as que estão diante de mim, Prossigo para o alvo, pelo prêmio da
soberana vocação de Deus em Cristo Jesus”. Filipenses 3:12-14
Ele ainda
não é perfeito, mas a Graça está cortando as cordas que poderiam prendê-lo e
possibilitando que ele avance! O mesmo Apóstolo Paulo que declara a obra de Jesus
dizendo: “Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas
velhas já passaram; eis que tudo se fez novo”. 2 Coríntios 5:17
Nessa noite
nós precisamos gerar Manassés, esquecer, sermos curados pela Graça de Deus para
que as cordas que têm nos prendido sejam cortadas e avencemos para a glória do
Senhor!
Efraim
O segundo
filho de José recebe o nome de Efraim. O nome significa “frutífero”,
“duplamente frutífero”, dizem alguns ou ainda “Deus me fez prosperar”. Todos
nós nascemos para frutificar. A ordem que o ser humano recebeu no Éden era
crescer, multiplicar e dominar. A infertilidade não é normal é patológica. Se
há algo que precisamos nos convencer é que nascemos para frutificar.
A doença do
pecado é que tenta incutir em nós idéias diferentes. Por mais que vivamos dias
maus, Deus continua desejando que nós sejamos abençoados, que tenhamos lares
abençoados, filhos abençoados, sejamos prósperos em todas as obras das nossas
mãos. Amados Deus não mudou de idéia!
Agora pense
em José. Ele não está no Egito a passeio, ele foi parar lá por conta da
covardia feita por seus irmãos. Sua história começa mudar quando ele interpreta
sonhos de seus colegas de prisão... ele está no Egito por ter sido vendido e
ainda está preso! Esse tinha tudo para refutar o que acabei de dizer sobre
sermos abençoados e prósperos!
Mas ao
contrário disso, José prospera, frutifica e mais do que isso, frutifica na
terra, no tempo, no meio da sua luta, da sua dor. Isso fala de situações
adversas. Nada conspirava para o sucesso de José, ele não estava sendo
levantado porque conhecia pessoas influentes, ele não tinha dinheiro, fama, não
ganhou nenhum prêmio. Ele estava na terra da sua aflição.
Existem
muitas pessoas assim. Vivendo na terra da aflição. Lutas, desafios, dores na
alma. Mas ainda assim, com base na experiência de José quero afirmar a você que
Deus quer te fazer crescer, prosperar, conquistar.
A declaração de José aponta para
dois aspectos:
· Crescer
na terra da aflição é uma decisão pessoal.
Gosto da
expressão de Eclesiastes 11.4: “Quem observa o vento, nunca semeará, e o que
olha para as nuvens nunca segará”. Quantos de nós no lugar se José não nos
sentiríamos os “coitadinhos”, encheríamos nossos lábios de murmuração e o
coração de ira? Querido, autocomiseração não vem de Deus! Ela nos priva da
possibilidade de tentar, de reverter, de arriscar.
José não se
nega a abençoar o companheiro de cela, não se nega a interpretar o sonho de
Faraó, mesmo sem ter garantias de que aquilo lhe traria algum benefício. Ele
está aberto, cabeça erguida, acredita, se lembra do sonho de anos passados...
Talvez você
esteja vivendo um tempo difícil, no meio da terra da aflição, mas não
prostre-se, levante a cabeça e creia que dias melhores virão. Algumas atitudes
são importantes nesse tempo:
* Não perca
de vista tudo que Deus já te falou, te prometeu;
* Permaneça
fiel, guarde teu coração, viva em santidade;
* Tire
lições de tudo, enxergue tudo como sendo uma oportunidade;
* Agarre com
unhas e dentes todas as oportunidades que aparecerem.
· Crescer
na terra da aflição é uma ação de Deus.
José deixa
claro que Deus o fez crescer na terra da aflição. Meu irmão, não podemos perder
de vista a grandeza de Deus. Isaías mostra esse poder: “Abrirei rios em lugares
altos, e fontes no meio dos vales; tornarei o deserto em lagos de águas, e a
terra seca em mananciais de água”. Isaías 41:18
Esse Deus
que anda por sobre o mar, no meio do fogo, abre o mar no meio, faz comida cair
do céu, realiza milagres em todo tempo pode fazer com que prósperos em meio a
terra de aflição!
Precisamos
gerar Efraim! Termos atitudes que possibilitem nosso crescimento em meio às
provas e acima de tudo descansar no Deus que surpreende!
Que Deus nos
abençoe e em nossa caminhada Manassés e Efraim sejam gerados para que as
conquistas venham em nome de Jesus!
Pr. Giovani
Zainotte