Páscoa: Símbolo de Valentia...



Neste mês de Abril, cristãos do mundo inteiro celebram a Páscoa. Festa com origem no Antigo Testamento, falando da saída do povo de Israel do Egito depois de longo exílio. Mas, que no Novo Testamento, para nós cristãos, assume um novo significado e passa a ser o ponto fundamental da Fé Cristã: A Ressurreição de Cristo.

Se nós nos reunidos como Igreja é porque Cristo ressuscitou. A morte terrível de Jesus, foi algo marcante, mas só tem sentido com a ressurreição. Ela é o ponto central da fé Cristã, a evidência mais paupável (no sentido da fé) de que Cristo era realmente o Messias, “o primogênito dentre os mortos”.


Mas eu queria atrelar a este tema central, um outro tema: a valentia. O Dicionário define valentia como sendo: “audácia, bravura, corajem, força, alento, vigor, qualidade de resistente, resistência”.

Valentia no Surgimento da Páscoa
A páscoa está inteiramente ligada a estes sentimentos. Primeiro, no surgimento da Festa, no Antigo Testamento. A Páscoa foi um festa criada para lembrar a libertação do povo do Egito, a passagem pelo mar vermelho, a peregrinação pelo deserto. É claro que exalta-se o poder de Deus em tirá-los da mão de Faraó, mas deve-se ressaltar também a valentia do povo que depois de tantos anos presos, sob o domínio egípcio, atreve-se a fugir sob o comando de Moisés tendo, a olhos humanos, apenas uma promessa.

Valentia do Cordeiro de Deus
No Novo Testamento, a Páscoa assume um novo momento. Agora o Cordeiro é o nosso Senhor Jesus, Ele é o “Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo”. E a valentia continua presente. Primeiro, no próprio Jesus. Todo processo exigiu de Jesus, dentre outras coisas, valentia. No Getsêmani, em meio as angustias e tristezas que o cercavam, precisou Jesus ser valente para não desistir. Na sua prisão e na sua caminhada pela via dolorosa, precisou ser muito valente para não desistir em meio aos açoites, as humilhações, as provocações. Na Cruz, precisou ser muito valente para orar pedindo ao Pai que perdoasse aqueles que o fizeram passar por tudo aquilo.

Valentia dos Discípulos

Os próprios discípulos precisam demonstrar certa valentia diante da ressurreição, da Páscoa. Como já dissemos, a ressurreição de Cristo é ponto fundamental de nossa fé. Quando Cristo morreu, o que se via eram discípulos amedrontados, que haviam se esquecido das palavras de Jesus sobre o que havia de acontecer. De repente, Jesus aparece, ressurreto, cheio de glória, de majestade, Aleluia! Mas os poderosos tramaram contra este fato, comprando os guardas para que eles dissessem que o corpo de Jesus fora roubado pelos discípulos. Imaginem, os discípulos pregando cheios de entusiasmo e tendo que ouvir que era tudo mentira!

Não bastasse isso, Mateus relata que houve incredulidade por parte dos próprios discípulos. Imaginem quantos, do povo, também não deixaram de crer. Para continuar o ministério, os discípulos tiveram de ter valentia para enfrentar a desconfiança, a calúnia e a incredulidade de muitos, além é claro, da perseguição que fez com que muitos fossem mortos de terríveis formas.
Conclusão:

Amados irmãos, quero concluir dizendo que hoje, para sermos servos verdadeiros de Jesus, temos de ter muita valentia. Assumir o chamado de Deus em nossas vidas, requer muita valentia. Negar a nós mesmos e tomar nossa cruz, como nos ensina a Jesus exige valentia. Ser muitas vezes humilhado, mal interpretado, julgado, e não desistir, exige valentia.

Por isso mesmo é que Jesus disse que o Reino de Deus é tomado a força. Por requerer de nós determinação, esforço, ousadia. Que ao comemorarmos a Páscoa, possamos buscar em Deus a valentia que levou Jesus a Cruz, a mesma que somada ao amor, nos manterá “no caminho”.

Deus nos abençoe,
Feliz Páscoa!
                De seu Pastor
        Giovani Zainotte

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